Helvio Lagares escreveu:
Vou dar uma viajada:
Considere que torque é a força que o eixo do motor exerce. Maior RPM terá maior torque devido à força inercial da massa do rotor em giro, que se somará ao poder de repulsão magnética gerado. Esse valor é sensível, sem dúvida, mas dessa mesma forma, pode-se considerar que essa inércia se anula quando o rotor ou induzido está em carga: precisa-se de energia para movimentar essa massa. O que eu quero dizer é que esse que eu chamarei de "torque inercial" só surge em condições específicas, e se anula em outras condições específicas (e esse efeito é útil pra nós), o que nos permite, em grande medida, isolar o torque gerado pelos campos magnéticos como o que "faz a força".
Isto posto, imagine o eixo do motor saido do repouso, com carga aplicada ao eixo: você pode obter todo o torque que o sistema permitir com o eixo ainda em "stall"; uma vez saído da inércia, a própria massa do rotor, agindo como volante, oferece esse "torque inercial", que tem prazo de validade curtíssimo, e na verdade é parte da energia cinética armazenada do processo de saída da inércia, se anulando portanto - na verdade, não dá zero a zero, que há perdas aqui e ali, o sistema ideal seria se não houvesse nenhuma massa no rotor, imagina só, hehehe...
Deu pra sacar mais ou menos a viagem?
De qualquer forma, o que eu li nessa tabela do link que passou, é que o torque aumenta de acordo com o aumento de corrente e por consequência, do RPM - que é o que é esperado, torque plano. Ou terei interpretado a tabela erroneamente?
Augusto Beck escreveu:
A curva de torque , pelomenos dos motores escovados , é linear e inversa a rpm do motor.
Deem uma olhada no grafico de potência/torque/eficiência/etc. do latinha :
http://www.mabuchi-motor.co.jp/en_US/pr ... 0019/(CCW+)
Nossa Helvio , ja pensou em ser professor de fisica ?
Seguinte , a energia cinetica armazenada no motor é tão insignificante que quando paramos de acelerar um motor que está girando livremente a todo o seu rpm , ele diminui de 32 000(o meu motor) rpm para 0 em cerca de 2s , sem quase nada o freiando , a não ser o atrito dos rolamentos.Por isso a inércia não deve ser levada em consideração para calcular o torque.
Dá uma olhada lá na tabela . Com o motor girando livre , ele puxa uma corrente minima (perdas com atrito e quecimento) , mas quando ele começa a ser "freiado" , o rpm caí , a corrente aumenta , e o torque tambem , e quanto mais o motor é freiado , menor a rpm , maior a corrente consumida e maior o torque .
Eu acho isso uma coisa dificil de explicar , como vocês podem ver na tentative de explicação acima .
Hélvio , tens msn ?